quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O lavrador e sua árvore

Há muito tempo um lavrador comprou um saco de sementes. Não sabia de que árvore era e nem ao menos se era realmente de uma árvore. Decidiu comprar com a única moeda que tinha. E aquele era seu único dinheiro para todo o inverno. Mesmo assim, resolveu apostar. Certo dia, enquanto sua planta ainda crescia, seu vizinho, que tinha inveja da sua fazenda, disse: “Essa aí é uma erva daninha, que há de danificar todas as plantas boas que você tem.” Entretanto, o lavrador não deu ouvidos e manteve-se cuidando de sua árvore. Outra vez, um lavrador de terras distantes que por qualquer motivo se irava disse: “Essa é uma árvore que vai bloquear o crescimento das outras raízes e deixar sua terra infértil.” Ainda assim o lavrador não se abalou e continuou a cuidar de sua planta que já estava bem maior. Tempos difíceis vieram e o lavrador e sua família tinham apenas o necessário para comer e se manter vivos. E ele não desistiu de sua planta. O frio do inverno veio e trouxe as geadas, mas apesar de tudo o lavrador não cortou a árvore para fazer lenha e se aquecer. Muitos meses depois, a árvore mostrou sua primeira flor. Que alegria! Maior não devia haver no mundo! Olhares invejosos, descrentes e irados vinham de todas as partes, mas nada abalava a arvorezinha e seu lavrador. Então, o primeiro fruto! Uma pequena maçã brotava em um galho alto. Ela era linda, vermelha, brilhante! E aquela noite foi de festa e lágrimas de felicidade. Dia após dia, semana após semana, mês após mês, a macieira dava frutos, sem nem cessar. O lavrador colhia o necessário para sobreviver e o restante vendia, aumentando sua fazenda, suas criações e melhorando sua vida. Não mais passava fome, não mais sentia frio.
Assim deve ser nossa fé: uma semente plantada que deve ser cultivada. Se vai dar frutos? Não sabemos. Quando? Não temos previsão. Mas ainda assim queremos mantê-la. Muitos virão dizer para desistirmos, para não seguirmos em frente, que não haverá resultado nem recompensa. Mas só nós, cheios de fé, sabemos o que cultivamos e com isso, temos a certeza do que vamos colher.
“Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho

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